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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Como é a vida de um canal – Anseio em viver somente para servir


Hoje gostaria de compartilhar com vocês como é a experiência de canalizadores que levam a vida dupla, como eu, Thiago Strapasson, e tantos outros.

Não é fácil levar essa vida dessa forma, não sobra tempo para nós, ficamos divididos entre as atividades do blog e dos grupos, dos atendimentos às pessoas que nos procuram, da publicação dos nossos livros que estão em preparação, e com a nossa vida na matéria onde ganhamos o nosso sustento.

Eu sou designer, formada e pós-graduada na área de desenvolvimento de embalagens. Tenho mais de 10 anos de carreira na área e sou reconhecida pelo que faço. Faço com amor, mas a pressão é grande nesse meio. Não é possível levar uma vida leve e calma em um ambiente corporativo.

Tenho um bom emprego, que me garante o sustento e, e meio a essa rotina que toma grande parte do meu dia (pois saio de casa as 7:00 da manhã para ir ao trabalho e chego em casa novamente às 18:30), ainda sobram algumas horas para me dedicar ao que amo, ao meu verdadeiro propósito nessa vida.

Tantas vezes chego em casa desgastada da rotina diária, pois estabeleço contatos com pessoas de níveis energéticos variados, e que tem os seus problemas pessoais. E eu, como um canal, estou sempre aberta à troca de energia, mesmo que involuntariamente.

Chego em casa muitas vezes somente querendo um canto silencioso para ficar em paz e meditar, mas dessa forma acabo me fechando e não vivendo os momentos mais preciosos do meu dia, que são as minhas horas livres.

Nessas horas livres, aproveito para caminhar com meus cães, e mesmo assim, muitas vezes chego em casa tão envolvida no cansaço e esgotamento mental, que bate o desânimo que não me permite seguir com essas atividades que eu tanto gosto.

Não consigo mais olhar e apreciar as relações com as pessoas fora do ambiente de trabalho, pois acabei de sair de um dia cheio, onde estabeleci contato com mais de cinquenta pessoas ao dia, e que foram suficientes para eu chegar em casa e buscar somente o silêncio e a solidão.

Assim foi o dia de ontem. No segundo dia de retorno de férias, já me vi tomada pelo sentimento de desânimo, de querer que a mudança na minha vida ocorra logo. Pensando na quantidade de coisas que eu poderia fazer se não estivesse presa a essa fase tão difícil, que é o viver na dualidade.

Sou cobrada para estar presente com as pessoas, para socializar, mas na verdade eu não tenho tempo nem sequer para poder apreciar um momento deitada na rede da minha garagem de casa, e simplesmente relaxar.

Penso algumas vezes que nessa correria, deixo de apreciar a beleza que está contida nas relações. Pois não conseguimos, por tantas vezes, estabelecer contatos de forma inteira, um de cada vez.

Estamos envolvidos nas demandas urgentes, envolvidos em atividades e a atender a chamados das pessoas que querem a nossa atenção e auxílio a todo momento. E essa é a parte mais feliz do nosso dia, onde podemos ser úteis a alguém.

Ah! Se a minha vida pudesse ser toda preenchida somente pelo ato de ajudar, de ser útil a alguém, de servir. Ah como o servir me faz feliz. Esse seria realmente um grande sonho realizado. O de simplesmente poder servir, estar disponível para conversar, para ouvir, para resolver o problema de uma pessoa.

E então descobrimos que o que realmente nos faz feliz não é a solidão, não é os momentos de recolhimento, o que nos completa é nos sentirmos úteis, nos sentirmos necessários para as pessoas.

E ontem aprendi, com os mestres, de que eles também se sentem felizes em servir. Servir a nós com muito amor.

Tantas vezes pensamos que podemos levar a nossa caminhada solitários, envolvidos nos nossos problemas e desafios, nos sentindo desconectados e incompreendidos por tantos que nos envolvem, mas que na verdade não estamos sós. Estamos sempre na presença de todos os mestres.

Cheguei no meu lar ontem, muito cansada, com as energias totalmente descarregadas, mas uma forte dor de cabeça se fez presente em mim. E quando já não estava mais suportável para aguentar, o Thiago Strapasson tentou me ajudar. Ele me acessou em desdobramento e me contou que, ao tentar me ajudar, eu não aceitei ajuda e disse que gostaria de ficar sozinha.

Ele não entendeu porque, mas recebeu a informação da Fonte, de que deveria atender à minha vontade. E então ele se retirou. E a minha dor de cabeça continuou.

Não consegui responder nenhuma pergunta do Pergunte aos Mestres ontem, pois não estava em condições.

A Mestra Kuan Yin tentou me alertar, enviou uma mensagem ao Thiago, incompleta, e que eu deveria canalizar o complemento, e que quando canalizasse esse complemento, isso me ajudaria, ajudaria a mostrar para mim o que havia de errado comigo. Mas eu estava tão envolvida nas atividades da matéria, que nem sequer aceitei quando a Mestra me estendeu a mão, e deixei para aceitar a ajuda dela apenas quando eu chegasse em casa.

Foi quando, em casa, canalizei o complemento da mensagem, que publiquei ontem. E ali estava o ensinamento que eu precisava ouvir. Mas ainda faltava algo. A minha dor de cabeça ainda persistia.

E então eu me concentrei em meu corpo, conectei à Fonte e desdobrei minha consciência pedindo para ouvir o meu corpo. E então foi que me vi em um lindo campo de flores, em um jardim muito belo. Com o céu azul e o ambiente leve e doce, e nesse ambiente eu estava envolvida por todos os Mestres Ascensos, que estavam a me olhar com todo o amor.

A Mestra Pórtia se aproximou e começou a falar comigo e me disse, em doces palavras, que eu não estava sozinha. Que eles estavam comigo sempre, a me ajudar. Que não preciso carregar o fardo da vida de forma solitária e me isolar. Que posso me jogar nas experiências, viver intensamente, sabendo que eles estão ali comigo, que estão o tempo todo. Mas que eu preciso apenas pedir pela ajuda deles, aceitar ser ajudada.

E então foi quando comecei a chorar e disse em voz alta: Eu aceito! Eu aceito a ajuda amados Mestres! Eu aceito a ajuda do meu amigo Thiago que veio me estender a mão e eu quis ficar sozinha! Eu peço ajuda e aceito ser ajudada nesse momento! Eu aceito viver as experiências que surgem para mim e sei que não estou sozinha e aceito a ajuda dos Mestres! E me derramei em lágrimas.

Senti que, juntamente com as minhas lágrimas, escorreram para o centro da Terra, toda a minha dor, todo o meu sentimento de solidão, todo o meu fardo. Senti-me renovada, e a minha dor de cabeça foi curada naquele momento.

E então descobri que, assim como nós nos sentimos felizes e completos em poder ajudar, em sermos úteis, assim os mestres também se sentem em relação a nós.

E esse é o sentimento que parte do coração, que está conectado à Fonte. É a nossa eterna busca, e a qual normalmente não encontramos, pois pensamos que estamos sozinhos.

Aprendi a aceitar e a viver. Agradeço a todos os Mestres pelo amor dedicado a mim. Agradeço à amada Mestra Pórtia por estar sempre ao meu lado. Agradeço a todos os amigos que me estendem as mãos.

E que venham mais dias desafiadores, pois sei que não estou só.

Michelinha OM – 22 de Fevereiro de 2017

Fonte: https://verdadetransmutadora.blogspot.com/